A agência espacial havia estabelecido um período de até 42 dias para a partida da missão, que teve que ser adiada duas vezes nesta semanaCABO CANAVERAL - A Nasa lançou na manhã deste sábado, 10, as sondas gêmeas da missão Grail, a bordo do foguete United Launch Alliance Delta 2, após adiar a partida por duas vezes nesta semana. As sondas gêmeas Grail estão programadas para mapear com precisão a gravidade da Lua para que os cientistas possam saber o que se encontra abaixo da crosta lunar e se o núcleo da Lua é sólido, líquido ou uma combinação dos dois. Ao lado de imagens de alta resolução, análises em andamento de amostras de pedras e do solo trazidas pelas missões Apollo entre 1969 e 1972 e modelos de computador, espera-se que os mapas da gravidade preencham a maior parte que ainda falta no quebra-cabeça de como o satélite natural da Terra se formou. Mais de 100 espaçonaves já estiveram na Lua, incluindo seis tripuladas com astronautas norte-americanos, mas os cientistas ainda não têm uma peça chave de informação sobre o satélite: o que há dentro dele. Aprender sobre o interior da Lua e seu campo gravitacional é o objetivo primordial da missão da Nasa chamada Gravity Recovery and Interior Laboratory, ou Grail (Graal, em português). As duas sondas proporcionarão imagens em raios X da crosta e do núcleo da LuaDois satélites idênticos foram lançados abordo do foguete United Launch Alliance Delta 2 para revelar as peculiaridades do campo gravitacional da Lua, o que dará aos cientistas pistas sobre o interior do satélite da Terra. A missão também ajudará a agência espacial americana a ter mais conhecimento sobre o satélite e aprimorar suas estimativas no caso de voltar a enviar homens à Lua novamente. Entre outras utilidades, as medidas que serão tomadas pela Grail ajudarão a entender melhor a relação entre a Terra e seu satélite natural, segundo explicou recentemente o diretor da Divisão de Ciências Planetárias do quartel-general da Nasa em Washington, Jim Green. De maneira geral, a Lua tem um sexto da gravidade da Terra, mas ela não é distribuída de maneira uniforme. No satélite, uma montanha pode realmente ser oca, gravitacionalmente falando. "Às vezes você vê uma grande montanha e espera um grande sinal de gravidade, mas na verdade você não recebe nenhum sinal adicional", disse Sami Asmar, cientista do projeto Grail. Cientistas acreditam que os blocos que constituem a Lua são grandes pedaços de detritos que se desprenderam da Terra após uma colisão com um objeto tão grande quanto Marte. Além de esclarecer a origem da Lua, os cientistas pretendem levar seus achados para outros corpos rochosos. Os dos satélites Grail vão realizar uma longa jornada pela Lua, chegando entre 31 de dezembro e 1º de janeiro. Depois de alguns meses para manobrar e entrar na órbita apropriada, os dois irão passar 82 dias voando sobre os polos lunares, ligados por ondas de rádio. Quando uma das sondas passar por um ponto de gravidade mais alta, ela irá acelerar, mudando momentaneamente sua distância até a sonda-gêmea. Regiões menos densas também irão afetar a posição dos satélites. Usando as ondas de rádio como guias, mudanças de até um mícron - o tamanho de uma hemácia - podem ser detectadas. Com os mapas de gravidade em mãos, os cientistas pretendem usar modelos computacionais e dados de outras missões lunares para determinas se o interior da Lua é sólido, líquido ou uma combinação dos dois. A United Launch Alliance, joint venture da Lockheed Martin Corp e da Boeing Co, fabrica o foguete Delta 2 e fornecem os serviços de lançamento para ele. A Lockheed Martin também é a principal fornecedora de satélites Grail. A missão - que custou US$ 496 milhões - é gerenciada pela cientista Maria Zuber, com o Massachusetts Institute of Technology. |
sábado, 10 de setembro de 2011
Nasa lança neste sábado missão para estudar gravidade da Lua
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