sábado, 22 de outubro de 2011

Buraco na camada de ozônio alcança tamanho máximo




WASHINGTON - O buraco na camada de ozônio no Hemisfério Sul chegou a seu nível máximo anual no dia 12 setembro, ao alcançar 16 milhões de quilômetros quadrados, o nono maior dos últimos 20 anos, informaram nesta quinta-feira, 20, a Nasa (agência espacial americana) e a Administração Atmosférica e Oceânica (NOAA).
A camada de ozônio protege a vida terrestre ao bloquear os raios solares ultravioleta e sua redução adquire especial importância nesta época do ano, quando o Hemisfério Sul começa a ficar mais quente.
A Nasa e a NOAA ( National Oceanic and Atmospheric Administration) utilizam instrumentos terrestres e de medição atmosférica aérea a bordo de globos e satélites para monitorar o buraco de ozônio no Polo Sul, os níveis globais da camada de ozônio na estratosfera e as substâncias químicas artificiais que contribuem para a diminuição do ozônio.
"As temperaturas mais frias que a média na estratosfera causaram neste ano um buraco de ozônio maior que a média", disse Paul Newman, cientista-chefe do Centro Goddard de Voos Espaciais da Nasa.
"Embora fosse relativamente grande, a área do buraco de ozônio neste ano estava dentro da categoria que esperávamos, dado que os níveis químicos de origem humana persistem na atmosfera", lamentou.
O diretor da divisão de Observação Mundial da NOAA, James Butler, afirmou que o consumo dessas substâncias que destroem o ozônio diminui pouco a pouco devido à ação internacional, mas ainda há grandes quantidades desses produtos químicos causando danos.
No entanto, a maioria dos produtos químicos permanece na atmosfera durante décadas.
A NOAA esteve monitorando o esgotamento do ozônio no mundo todo, incluindo o Polo Sul, de várias perspectivas, utilizando globos atmosféricos durante 24 anos para recolher os perfis detalhados dos níveis de ozônio, assim como com instrumentos terrestres e do espaço.
Fonte: http://www.nasa.gov/topics/earth/features/ozone-2011.html

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

NASA Usará Antigos Motores de Ônibus Espaciais Para Impulsionar Novos Foguetes


Todos os seis motores principais Pratt Whitney Rocketdyne das missões STS-134 do Ônibus Espacial Endeavour e STS-135 do Ônibus Espacial Atlantis aparecem na imagem acima nas suas respectivas células de teste dentro da fábrica de motores no Kennedy Space Center da NASA, na Flórida. Pela primeira vez, todos os 15 motores principais estão na fábrica, ao mesmo tempo, sendo preparados para envio para Stennis Space Center da NASA no Mississippi, de onde serão redirecionados para uso na próxima geração de foguetes da NASA, na série chamada de Sistema de Lançamento Espacial .


Fonte:http://www.nasa.gov/multimedia/imagegallery/image_feature_2084.html

Russos veem chance de construir base em cavernas na Lua



Os Estados Unidos podem ter colocado o primeiro homem na Lua, mas cientistas e exploradores espaciais russos estão agora de olho em um novo objetivo: a criação de uma colônia lá.
A descoberta de túneis vulcânicos na Lua poderia fornecer um abrigo natural para a primeira colônia lunar, disseram cosmonautas e cientistas nesta terça-feira, 18.

Pesquisadores já suspeitavam que o passado vulcânico da Lua deixou uma rede subterrânea de túneis de lava, e imagens de 2008 da sonda japonesa Kaguya mostraram um caminho possível - um misterioso e profundo buraco surgindo na superfície.
"Esta nova descoberta de que a Lua pode ser um corpo poroso pode alterar significativamente a nossa abordagem de fundar bases lunares", afirmou o cosmonauta veterano Sergei Krikalyov, que dirige o centro de treinamento russo Cidade da Estrela, nos arredores de Moscou, durante um fórum sobre o futuro dos voos espaciais tripulados.
"Se realmente for confirmado que a Lua tem uma série de cavernas que podem fornecer alguma proteção contra a radiação e chuvas de meteoros, ela poderia ser um destino ainda mais interessante do que se pensava", disse ele.

domingo, 16 de outubro de 2011

10 fotos espaciais vencedoras do concurso Melhor Fotógrafo de Astronomia 2011

O concurso Fotógrafo de Astronomia 2011 da National Geographic desse ano trouxe belezas espaciais incríveis a nosso conhecimento. Conheça algumas das fotos premiadas:


VENCEDOR ABSOLUTO: “JÚPITER E SUAS LUAS” / FOTOGRAFIA CEDIDA POR DAMIAN PEACH


Um retrato incrivelmente claro do rei do nosso sistema solar, Júpiter, ganhou honras superiores na competição Fotógrafo de Astronomia 2011.
O vencedor tirou a foto do Caribe, capturando não somente as faixas de nuvens do planeta, mas também os discos de duas de suas maiores luas, Ganimedes (superior direito) e Io. A captura ganhou o primeiro lugar na categoria “Nosso Sistema Solar”, bem como o título de vencedor.
Parece uma imagem do Hubble. O detalhe das nuvens e das tempestades de Júpiter é incrível, e o fotógrafo também conseguiu capturar detalhes de duas das luas do planeta, o que é notável para uma imagem tirada do chão.

VENCEDOR DE ESPAÇO PROFUNDO: “REMANESCENTE DA SUPERNOVA VELA” / FOTOGRAFIA CEDIDA POR MARCO LORENZI



Pendurada num dos anéis da constelação de Cygnus, o cisne, está a nebulosa remanescente da supernova Vela – tudo o que resta de uma estrela que explodiu há 12 mil anos.
A estrutura parecida com uma teia, que fica a mais de 800 anos-luz da Terra, é vista em expansão através de um campo de estrelas na foto vencedora da categoria “Espaço Profundo”.
O mais impressionante das remanescentes são suas diferentes composições. Afinal, vários dos tijolos de construção da vida são criados durante esses eventos apocalípticos.

VICE-CAMPEÃO DE TERRA E ESPAÇO: “PRESENÇA DIVINA” / FOTOGRAFIA CEDIDA POR OLE CHRISTIAN SALOMONSEN




O céu noturno está inundado com uma fina camada de auroras verdes, acima da paisagem árida da Noruega, como se vê na segunda colocada da categoria “Terra e Espaço”.
O fotógrafo agarrou os fogos de artifício cósmicos, quando o campo magnético da Terra foi fustigado por partículas carregadas que saem da superfície do sol.
Como partículas solares foram canalizadas para atmosfera do nosso planeta, elas colidiram com as moléculas de oxigênio e nitrogênio, fazendo com que elas brilhassem como cortinas de luz dançantes.

VENCEDOR DE TERRA E ESPAÇO: “PARAÍSO GALÁCTICO” / FOTOGRAFIA CEDIDA POR TUNÇ TEZEL



O Triângulo de Verão e o arco da Via Láctea elevados acima das colinas ao longo da costa de Mangaia venceu a categoria “Terra e Espaço”.
O fotógrafo costurou digitalmente um mosaico de nove fotos de 30 segundos de exposição através do céu. Ao fazer isso, ele capturou a luz combinada de centenas de milhões de estrelas que compõem os “braços” da Via Láctea.
A imagem tem uma sensação verdadeiramente mágica. É muito bonita a forma como os campos ricos de estrelas da Via Láctea parecem seguir a linha do horizonte. Uma olhada mais atenta pode, ainda, observar muitas nebulosas rosas aninhadas dentro dos braços espirais da nossa galáxia.

MENÇÃO HONROSA DE ESPAÇO PROFUNDO: “DRAGÕES DO ARA LUTANDO” / FOTOGRAFIA CEDIDA POR MICHAEL SIDONIO





Conhecidas como os Dragões de Ara Lutando, duas nuvens de gás coloridos parecem estar posando em posição de ataque em uma imagem que recebeu menção honrosa na categoria “Espaço Profundo”.
O fotógrado capturou tons sutis de roxo, laranja e verde da gigantesca nuvem de gás e poeira, que fica 4 mil anos-luz da Terra, no sul da constelação de Ara.
A nuvem molecular de 300 anos-luz de largura está sendo moldada pela radiação de jovens estrelas massivas formadas em seu interior durante milhões de anos.

VICE-CAMPEÃO DE JOVENS ASTRÔNOMOS: “CÉU NOTURNO ESTRELADO” / FOTOGRAFIA CEDIDA POR NICOLE SULLIVAN




A fotógrafa vice-campeã de Jovens Astrônomos tem 15 anos e capturou centenas de traços circulares de estrelas acima das montanhas.
Em uma imagem de longa exposição, as estrelas parecem girar em torno de um ponto, destacando a rotação do planeta em seu eixo.

VICE-CAMPEÃO DE PESSOAS E ESPAÇO: “CAÇA À LUA” / FOTOGRAFIA CEDIDA POR JEAN-BAPTISTE FELDMANN





A lua crescente ofereceu ao fotógrafo a oportunidade perfeita para criar uma lúdica silhueta, e o resultado lhe rendeu o segundo lugar na categoria “Pessoas e Espaço”.
Durante a lua crescente, a luz solar que atinge parte da lua cria uma forma curva, enquanto a parte mais escura do disco ainda é visível graças à luz refletida da Terra, conhecida como brilho da Terra.

VENCEDOR DE JOVENS ASTRÔNOMOS: “ECLIPSE LUNAR E OCULTAÇÃO” / FOTOGRAFIA CEDIDA POR JATHIN PREMJITH





O disco da lua cheia ficou vermelho sangue acima da Índia, como se vê nesta foto do vencedor de 15 anos da categoria Jovens Astrônomos.
O eclipse total da lua ocorre cerca de duas vezes por ano, quando a lua entra na sombra em forma de cone produzida pela Terra. Os tons avermelhados projetados na superfície da lua são criados pela luz solar através da refração da atmosfera da Terra, que está cheia de poeira e poluição.
VENCEDOR DE PESSOAS E ESPAÇO: “OBSERVAÇÃO DE ESTRELAS” / FOTOGRAFIA CEDIDA POR JEFFREY SULLIVAN



O fotógrafo recebeu o título de vencedor da categoria “Pessoas e Espaço” com seu autorretrato, tirado de um morro remoto nas montanhas de Sierra Nevada.
O campo da Via Láctea que se estende sobre a cabeça dele é apenas um dos dois principais braços espirais que compõem a nossa galáxia, que contém mais de cem bilhões de estrelas.
A imagem coloca a humanidade em perspectiva, lembrando como somos uma pequena parte do universo.
VICE-CAMPEÃO DE ESPAÇO PROFUNDO: “TRIO DO LEÃO” / FOTOGRAFIA CEDIDA POR EDWARD HENRY



Este “retrato de família” de três galáxias – conhecidas como Trio do Leão – ganhou o segundo lugar na categoria “Espaço Profundo”.
Localizadas a 35 milhões de anos-luz da Terra, cada uma dessas galáxias espirais é inclinada em um ângulo diferente da nossa linha de visão. Isto oferece vários pontos de vista das estruturas das galáxias espirais, incluindo os nós e faixas de poeira escura, onde as novas gerações de estrelas estão se formando. 

Imagem do Dia: Aglomerado de Estrelas


Radiação em forma de raios-X provenientes de estrelas jovens e radiação infravermelha proveniente de estrelas e da poeira cósmica foram combinadas nessa imagem de cores falsas para mostrar a região de formação de estrelas em Corona Australis, a Coroa do Sul. O pequeno agrupamento de estrelas é conhecido como Aglomerado da Pequena Coroa. Localizado a apenas 420 anos-luz de distância da Terra, o aglomerado oferece uma visão relativamente próxima das estrelas e protoestrelas se desenvolvendo com uma grande variedade de massas. As observações sugerem que raios-X energéticos são provenientes das atmosferas estelares quentes e estendidas ou das coroas das estrelas localizadas no aglomerado. A imagem multiespectral se espalha por aproximadamente 2 anos-luz e foi produzida usando dados obtidos pelo Observatório de Raios-X Chandra e pelo Telescópio Espacial de Infravermelho Spitzer, ambas missões da NASA. 


Fonte: http://apod.nasa.gov/apod/ap070921.html

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Imagem do Dia: Foto mostra Via Láctea e aurora boreal dividindo o céu na Noruega

Fotógrafo diz que registro é raro. Imagem foi feita em Ifjord, no norte do país.


Um fotógrafo amador norueguês conseguiu reunir em uma só imagem dois fenômenos que coloriram o céu do país: a visão da Via Láctea e uma aurora boreal. A mancha branca à esquerda da foto é a Via Láctea, enquanto a aurora é a luz verde, no centro da imagem.
As fotografias foram feitas no dia 25 de setembro na cidade de Ifjord, no norte da Noruega, na região polar. Tommy Eliassen, que trabalha vacinando salmões na costa do país, disse que o céu ficou nublado por dias e, assim que as nuvens saíram, ele bateu as fotos.

“Normalmente, as luzes da aurora são muito, muito mais fortes que as luzes das estrelas, então é difícil acertar o tempo de exposição [da câmera] para os dois. Mas as condições foram ideais – quase única para toda a vida”, disse Eliassen.
“Ifjord é um lugar perfeito para este tipo de fotografias porque só dez pessoas moram lá e fica a 130 km da cidade mais próxima, então a poluição luminosa não é um problema”, completou o norueguês.

Clima de Marte já foi parecido com o da Terra, aponta estudo

Suposto meteorito marciano surgiu em temperatura de 18,4 ºC, dizem pesquisadores



Mais quente e úmido. Assim era o clima da superfície de Marte em um passado remoto, segundo estudo inédito realizado por cientistas do California Institute of Technology (Caltech), nos Estados Unidos. Os pesquisadores chegaram à conclusão após análise de minerais de carbonato do meteorito ALH 84001, que supostamente se formou em Marte há quatro bilhões de anos e que foi encontrado na Antártida em 1984. O corpo celeste caiu na Terra há cerca de 13 mil anos após se desprender da superfície do planeta depois de uma colisão com outro meteorito. 
 
De acordo com os cientistas, a temperatura de 18,4 °C na qual o meteorito se formou indica que o Marte, cuja temperatura atual é de aproximadamente -61 ºC, era muito mais quente antigamente. “O mais interessante é que essa temperatura não é particularmente quente nem fria”, comenta Woody Fischer, professor assistente de geobiologia e co-autor do artigo, publicado na edição online da revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (PNAS). 
 
A pesquisa revela também que o meteorito se formou no meio líquido: "Você não pode desenvolver minerais de carbonato de 18,4 graus fora de uma solução aquosa", explica John Eiler, co-autor do estudo. Segundo os pesquisadores, porém, é incorreto afirmar que a água quente e úmida tenha criado condições à vida uma vez que ela levou apenas algumas horas ou dias para secar e, logo, não criou condições suficientes para um organismo crescer e se desenvolver. 
 
Apesar disso, os resultados mostram que houve um ambiente parecido com o da Terra em Marte por um curto período de tempo. “É a prova de que, no início da história de Marte, pelo menos um lugar no planeta foi capaz de manter um clima parecido com a Terra por ao menos algumas horas ou dias”, afirma Eiler. O maior desafio dos autores é saber se essa descoberta é representativa para a história marciana ou apenas uma ocorrência isolada.



Fonte: http://news.nationalgeographic.com/news/

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Imagem do Dia: NGC 7635: A Nebulosa da Bolha


A imagem acima mostra a batalha interestelar da bolha contra a nuvem. A NGC 7635, a Nebulosa da Bolha está sendo empurrada para fora pelo vento estelar da estrela massiva central BD+602522. Na sua vizinhança reside uma gigantesca bolha molecular que pode ser observada na parte direita da imagem. Nesse exato ponto do espaço uma força irresistível encontra um objeto imóvel de uma maneira interessante. A nuvem é capaz de conter a expansão da bolha de gás, mas é atingida pela radiação quente da estrela central da bolha. A radiação aquece regiões densas da nuvem molecular causando o seu brilho. A Nebulosa da Bolha, mostrada acima em cores cientificamente escolhidas para realçar os contrastes, tem aproximadamente 10 anos-luz de diâmetro e faz parte de um complexo muito maior de estrelas e conchas. A Nebulosa da Bolha pode ser vista através de pequenos telescópios, quando os mesmos são apontados na direção da constelação da Rainha da Etiópia, a constelação de Cassiopeia.


Fonte: http://apod.nasa.gov/apod/ap111011.html

Táxi espacial apoiado pela Nasa deve voar em 2012

No voo-teste não-tripulado, ele será levado até o céu pelo porta-aviões WhiteKnightTwo


Um táxi espacial de sete lugares para transportar astronautas para a Estação Espacial Internacional fará um voo-teste de alta altitude em meados de 2012 com o apoio da Nasa, disseram autoridades na terça-feira (11).
O avião espacial da empresa Sierra Nevada "Dream Chaser", que se assemelha a uma nave espacial em miniatura, é um dos quatro táxis espaciais em desenvolvimento pelo setor privado com o apoio do governo dos Estados Unidos.

No voo-teste não-tripulado, ele será levado até o céu pelo porta-aviões WhiteKnightTwo.
O voo de teste foi adicionado ao programa após a Sierra Nevada receber US$ 25,6 milhões (R$ 45 milhões) adicionais para seu atual contrato de US$ 80 milhões (R$ 140 milhões) com a Nasa.
O teste ocorrerá a partir da base Edwards da Força Aérea no deserto californiano de Mojave, ou da White Sands Missile Range, no Novo México, afirmou Ed Mango, gerente do Programa da Nasa para Tripulação Comercial, em uma reunião no Centro Espacial Kennedy, na Flórida.
Com a aposentadoria dos ônibus espaciais, a Nasa agora é dependente da Rússia para levar astronautas à estação espacial, ao custo de mais de US$ 50 milhões (R$ 88 milhões) por pessoa.
A agência espera entregar os serviços de transporte de tripulação a uma ou mais empresas comerciais antes do fim de 2016, disse Mango.
Fonte: http://www.thenews.com.pk/NewsDetail.aspx?ID=24422&title=NASA-backed-space-taxi-to-fly-in-test

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

EUA boicotaram o programa espacial do Brasil nos anos 90


Telegramas sigilosos divulgados pela Folha revelam pressão americana sobre projeto brasileiro de foguetes. Ações dos EUA, como proibição de venda de tecnologia espacial ao Brasil, atrasaram projetos do país na área. 

Telegramas confidenciais do Itamaraty revelam que os EUA promoveram embargo e "abortaram" a venda, por outros países, de tecnologia considerada essencial para o programa espacial brasileiro na década de 1990. Em um dos telegramas, o Itamaraty associou a ação norte-americana a um atraso de quatro anos na produção e lançamento de satélites. 

O projeto Folha Transparência divulga em seu site a partir de hoje 101 telegramas confidenciais inéditos da diplomacia brasileira, que tratam dos programas brasileiros espacial e nuclear. A pressão norte-americana sobre o projeto espacial já foi ressaltada por especialistas brasileiros ao longo dos anos, e um telegrama do Wikileaks divulgado em 2010 indica que ela ainda ocorria em 2009. Os documentos agora liberados permitem compreender a origem e o alcance do embargo, assim como a enérgica reação do Brasil. 


Em despacho telegráfico de agosto de 1990, o Itamaraty afirmou que a ação norte-americana começara três anos antes, por meio de "embargos de venda de materiais", impostas pelos países signatários do RCTM (Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis) -um esforço voluntário entre países, de 1987, para coibir o uso de artefatos nucleares em mísseis. 


                                                A BOMBA ATÔMICA BRASILEIRA



O Itamaraty incluiu o bloqueio dos EUA como um dos motivos para o atraso na entrega do VLS (Veículo Lançador de Satélites), que deveria estar pronto em 1989. O primeiro teste de voo foi em 1997. Além do VLS, o programa espacial previa a construção de quatro satélites, dois para coleta de dados e dois para sensoriamento remoto. 

O Brasil só aderiu ao acordo em 1995. Os telegramas revelam que, um ano depois, o diretor do CTA (Centro Técnico Aeroespacial) da Aeronáutica, Reginaldo dos Santos, atual reitor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), informou ao Itamaraty que os EUA negaram o pedido para importar transmissores para uso em foguetes brasileiros. 

O Itamaraty orientou seu embaixador em Washington, Paulo Tarso Flecha de Lima, a manifestar "estranheza e preocupação" ao governo dos EUA. A medida dos EUA só foi revista meses depois.

José Israel Vargas, ministro da Ciência e Tecnologia entre 1992 e 1998, confirmou à Folha as gestões dos EUA para prejudicar o programa espacial brasileiro. "Houve sim pressão americana para qualquer desenvolvimento de foguetes, contra nós e todo mundo (que o fizesse)." Segundo ele, países avançados na área, que ajudavam outros a criar seus programas espaciais, como a França fez com o Brasil, também eram pressionados.

A Embaixada dos EUA em Brasília, quando procurada em agosto pela Folha, não comentou os telegramas do Itamaraty, mas elogiou a divulgação dos documentos. 



Fonte: http://www.aereo.jor.br/

domingo, 9 de outubro de 2011

Sonda descobre que Vênus também tem uma camada de ozônio

Sonda da Agência Espacial Europeia (ESA) descobriu a existência de uma camada de ozônio no planeta Vênus, o que permitirá avanços nas investigações sobre a ocorrência de vida fora da Terra.

A descoberta da Venus Express aconteceu quando a sonda permitiu a observação de estrelas situadas junto ao perfil do planeta e através de sua atmosfera, segundo comunicado da ESA. O ozônio pôde ser detectado porque absorveu parte dos raios ultravioletas procedentes de algumas dessas estrelas observadas.
Um dos cientistas responsáveis pela missão declarou que o achado permite entender a química de Vênus e além disso pode servir na busca de vida em outros planetas.
O ozônio contém três átomos de oxigênio e o do planeta estudado se forma quando a luz do sol rompe as moléculas de dióxido de carbono da atmosfera e permite a liberação de átomos de oxigênio. O elemento já tinha sido encontrado antes na Terra e em Marte.
Em nosso planeta, sua importância é fundamental para a vida porque absorve grande parte dos raios ultravioletas do Sol.
Os cientistas consideram que isso permitiu que a vida surgisse na Terra, onde o oxigênio começou a se formar há aproximadamente 2.400 bilhões de anos, ressaltou a ESA.
Fonte: http://www.universetoday.com/89691/venus-express-discovers-venusian-ozone-layer/

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Europa aprova missão que se aproximará como nunca antes do Sol



A Agência Espacial Europeia (ESA) anunciou nesta terça-feira (04) o lançamento do programa Orbiter, missão espacial que se aproximará como nunca antes do sol para estudar fenômenos físicos do astro.
A missão foi aprovada nesta terça-feira pelo Comitê para o Programa Científico da ESA, que também anunciou o projeto do telescópio Euclid, equipamento concebido para analisar as zonas mais escuras do Universo.

Um dos diretores da agência especial, Alvaro Gimenéz, disse que as duas missões mostram a preferência da ESA por pesquisas e observações que tenham reflexo na vida das pessoas.

"A Orbiter se aproximará mais do sol do que nenhuma outra missão no passado. Esse projeto produzirá um avanço importante no conhecimento de como o sol atua em seu entorno e na Terra", informou a agência em comunicado.

A sonda se aproximará tanto da estrela que será possível captar partículas conhecidas como vento solar logo após elas saírem do sol. Giménez disse que o estudo possibilitará um maior entendimento de como o astro afeta as comunicações radiofônicas e as redes elétricas.

A missão sairá de Cabo Canaveral em 2017 a bordo de um foguete Atlas da Nasa.
Já a Euclid será enviada ao espaço dois anos depois por uma plataforma de lançamento russa na base de Kuru, na Guiana Francesa. Com o equipamento, os cientistas esperam conhecer melhor fenômenos como a aceleração do Universo. O telescópio fará uma cartografia em grande escala do cosmos como nunca foi feita antes, assinalou a ESA.

"A Euclid revelará a história da expansão do Universo e o crescimento de sua estrutura nos três últimos quartos de sua existência", afirmou a agência.



Fonte: http://english.pravda.ru/science/tech/06-10-2011/119241-Mission_to_the_sun-0/