quinta-feira, 31 de maio de 2012

Planeta recém encontrado está se desintegrando



Você já acessou a Enciclopédia dos Planetas Extra-Solares (exoplanetas)? É um espaço na internet no qual é possível ficar por dentro de todas as descobertas de planetas do universo além do sistema solar. Pode parecer uma ocorrência rara, mas a humanidade já descobriu mais de 760 destes planetas, e outras centenas de “candidatos” a planetas.
Na última semana, a NASA anunciou um novo achado. A mais de 1.500 anos-luz da Terra (mas ainda dentro da Via Láctea), existe uma estrela chamada KIC 12557548. Aparentemente, existe um planeta orbitando esta estrela. O único problema: segundo as observações, esta órbita é próxima demais, o que faz o planeta “vaporizar” lentamente.
Como encontrar planetas pela galáxia?
Os dados foram coletados pelo observatório espacial Kepler, que foi lançado em março de 2009 e cuja órbita percorre a mesma trajetória que a Terra faz em torno do sol. Ou seja, a sonda persegue a Terra em seu movimento anual de translação.
Essa posição foi escolhida estrategicamente, e permite ao artefato espacial procurar planetas pela Via Láctea com um engenhoso sistema. A sonda não rastreia os planetas em si, mas sim as estrelas. A ideia é focar em estrelas espalhadas pela galáxia e ficar de olho no brilho delas. Qualquer perturbação luminosa ou visual pode indicar a presença de um planeta.
Uma órbita próxima demais
Examinando a longínqua estrela, os astrônomos detectaram uma perturbação. Ao que parece, um planeta mais ou menos do tamanho de Mercúrio está deixando um rastro de poeira cósmica pelo espaço enquanto percorre sua órbita.
A razão para isso, de acordo com os cientistas, seria o fato do planeta e a estrela estarem afastados por uma distância de apenas duas vezes o diâmetro da estrela (como referência, a Terra está separada do sol por mais de cem vezes o diâmetro dele). Com isso, este novo planeta leva apenas 15 horas para circundar a KIC 12557548.
Tal proximidade faz com que o planeta esteja assando a uma temperatura de cerca de 1980 graus Celsius. É bem menos do que a superfície do nosso sol (que ferve a mais de 5500 graus Celsius), mas a proximidade é fatal. Nem o material rochoso é forte o bastante para não derreter com essa exposição. O planeta está se desmanchando.
Mas se você acha que este processo de desintegração será tão rápido que nem vale a pena incluir o planeta no catálogo, está enganado. Esta “vaporização” não acontece do dia para a noite. As estimativas apontam que ele só se dissolverá totalmente em cem milhões de anos. Ainda dá tempo de descobrir um pouquinho mais sobre ele.



segunda-feira, 28 de maio de 2012

De onde veio a água da Terra?


Foto: http://www.flickr.com/photos/fotogenetico/6162153850/in/set-72157627709894196/lightbox/


A origem exata da água – que abrange cerca de 70% da superfície da Terra – ainda é um mistério para os cientistas. Muitos pesquisadores acreditam que a água não se constituiu ao mesmo tempo em que a Terra se formava. O líquido teria aparecido depois, após violentas colisões de objetos exteriores à Terra.
Os pesquisadores acreditam que qualquer aglomerado de água que existisse no planeta há 4,5 bihões de anos teria se evaporado, em decorrência do sol que era jovem e ainda mais escaldante. Planetas como Marte, Mercúrio e Vênus são exemplos disso – demasiadamente quentes para acumular água. Já outros corpos celestes, como as luas de Júpiter e os cometas, estiveram longes o suficiente do sol para reter gelo.
O mais possível é que, há aproximadamente 4 bilhões de anos, em um período chamado de “intenso bombardeio tardio”, objetos celestes preenchidos com água na forma de cristais de gelo tenham atingido a Terra, gerando os gigantes reservatórios de água do planeta.
Mas você deve estar se perguntando: o que seriam esses objetos? Por muito tempo os astronômos acreditavam que seriam cometas. No entanto, medições de água evaporada de vários cometas revelaram que a água presente neles tem um isótopo diferente do que existe na Terra, sugerindo que eles poderiam não ter sido nossa fonte primordial de água.
Agora, os astronônomos começam a se perguntar se a resposta para o surgimento de água na Terra estaria no cinturão de asteroides – local onde existem centenas de milhares de asteroides, nos quais já foi encontrado evidências de gelo.
Sondas enviadas para explorar esses asteroides nos próximos anos, como a nave espacial Dawn, da NASA, poderão revelar mais sobre a presença de gelo no local e nos ajudar a entender como surgiu a água na Terra.

Imagem do dia: Marte na visão de um robô



A foto que você vê aí em cima foi tirada em um final de tarde em Marte. Por astronautas? Que nada. O autor da foto que mostra uma larga cratera marciana de 22 quilômetros é um pequeno veículo explorador da Agência Espacial Norte-americana (NASA), mais conhecido como Opportunity – Oportunidade, em português.
Equipados com vários instrumentos modernos de exploração do meio ambiente e movidos à luz solar, Opportunity e Spirit (Espírito, em nosso idioma), seu veículo geológico gêmeo, foram enviados para o planeta vermelho para procurar algumas respostas sobre a existência de água em Marte.
Em ação no planeta extraterrestre desde 2011 (no caso de Opportunity), cada um dos veículos ficou responsável por um lado de Marte. Em breve, a NASA enviará mais um brinquedinho para a superfície do planeta. Ele já tem nome: Curiosity (Curiosidade, em português).
Vale ressaltar que a foto registrada acima foi tirada em cores falsas para enfatizar as diferenças entre os diversos materiais, como as dunas negras no fundo da cratera, por exemplo. E, no momento, Opportunity está em um ‘modo de espera’, devido ao inverno marciano.
Assim que o mau tempo passar, o veículo vai se direcionar para uma região conhecida como Cabo da Tribulação, onde procurará por minerais argilosos (filosilicatos, no jargão científico).

terça-feira, 22 de maio de 2012

O Mecânica agora esta no Facebook



O Mecânica do Universo agora esta com uma fan page no Facebook. E gostaríamos de pedir a todos os leitores e seguidores do Mecânica para fazer uma visita a nossa pagina na rede social.
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Mecânica do Universo, aqui você vê o que acontece além do céu.


Imagem do Dia: Sonda Cassini faz bela imagem em sua aproximação de Dione


O que são esses objetos passando por Dione, na imagem acima? Quando fez sua aproximação da lua de Saturno Dione no final do ano de 2011, a sonda Cassini registrou essa bela imagem onde mostra Dione e os anéis de Saturno.  A imagem acima teve como objetivo registrar a superfície branca como neve e repleta de crateras da lua de 1100 quilômetros de diâmetro, Dione, a fineza dos anéis de Saturno e a relativa escuridão da lua menor Epimeteu. A imagem acima foi feita, com a sonda Cassini a apenas 100000 quilômetros de distância da grande lua congelada. Entre os eventos importantes na agenda da Cassini em sua continua exploração de Saturno e de seus sistemas de luas incluem um sobrevoo por Titã, programado para hoje, dia 22 de Maio de 2012 e um imageamento distante da Terra, passando por trás de Saturno, que deve ser feito no mês de Junho de 2012.

Foguete Falcon9 decola para teste comercial rumo à Estação Espacial


                      Cápsula Dragon leva 544 quilos de mantimentos para os tripulantes da ISS.



CABO CANAVERAL - Um foguete não tripulado de propriedade da empresa Space Exploration Technologies decolou nesta terça-feira, 22, da Base Aérea de Cabo Canaveral para o primeiro voo comercial rumo à Estação Espacial Internacional.
O Falcon 9, com 54 metros de altura, decolou às 3h44 (4h44 em Brasília), de uma plataforma de lançamento um pouco ao sul do local onde a Nasa lançava seus agora aposentados ônibus espaciais. Menos de dez minutos depois, o foguete liberou em órbita a sua carga -- uma cápsula Dragon com 544 quilos de mantimentos para os tripulantes da Estação.
"A sensação é de que um peso gigante saiu das minhas costas", disse pelo Twitter o fundador e executivo-chefe da empresa, Elon Musk, depois de ver o Dragon abrir seus painéis solares, primeira de várias etapas necessárias para que o módulo possa atracar na Estação. "O Falcon voou perfeitamente!", acrescentou Musk.
A Nasa espera que empresas como a Space Exploration Technologies, ou SpaceX, assumam a tarefa de levar cargas --e depois astronautas-- até o complexo orbital multinacional, que flutua a 390 quilômetros sobre a Terra.
Atualmente, a Nasa depende da Rússia para levar tripulantes à Estação, a um custo que supera US$ 60 milhões por pessoa. Rússia, Europa e Japão também levam cargas à Estação.
Se o voo-teste for bem sucedido, a SpaceX vai se tornar a primeira empresa privada a chegar à Estação. A SpaceX e a concorrente Orbital Sciences Corp. já têm contratos num valor total de 3,5 bilhões de dólares para levar cargas ao complexo.
A SpaceX está também entre as quatro empresas que planejam fabricar táxis espaciais que transportem astronautas, turistas e pesquisadores alheios à Nasa.
Separadamente, a Nasa contribuiu com quase 400 milhões de dólares para o programa espacial comercial da SpaceX, uma empreitada de 1,2 bilhão de dólares que inclui o desenvolvimento e até três testes dos foguetes Falcon 9 e das cápsulas Dragon. Uma análise do Congresso mostra que um programa semelhante, sob a égide da Nasa, custaria de quatro a dez vezes mais.
O Dragon deve levar cerca de um dia para chegar à órbita da Estação Espacial, e depois passará mais um dia treinando as manobras e testando seus sistemas de comunicação e auxílio à navegação. Se tudo correr conforme o previsto, a Nasa deve autorizar a atracagem na sexta-feira.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Imagem do Dia: O VLT em Ação



A foto acima foi feita desde a plataforma do VLT, o Very Large Telescope do ESO olhando para norte-noroeste durante o crepúsculo, nessa imagem, os quatro Unit Telescopes, ou UTs, de 8.2 metros de diâmetro como são conhecidos, podem ser vistos. Da esquerda para a direita temos o Antu, o Kueyen, o Melipal e o Yepun, os nomes em Mapuche para os gigantes telescópios do VLT. Em frente aos UTs estão os quatro Auxiliary Telescopes (ATs) de 18 metros de diâmetro, que são inteiramente dedicados para a interferomentria, uma técnica de observação que permite aos astrônomos observarem detalhes até 25 vezes mais finos do que quando observam um mesmo objeto com somente um telescópio.


Fonte: http://www.space.com/15717-vlt-action.html

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Imagem revela possível tempestade solar

Recentes atividades solares. (Foto: AFP)

Imagem divulgada nesta quarta-feira (9) pelo Observatório de Dinâmica Solar (SDO, sigla em inglês), da Nasa, mostra a atividade recente do Sol. Pela movimentação das manchas na superfície, astrônomos acreditam que o Sol vai produzir tempestades muito fortes. 

As erupções devem afetar o campo magnético da Terra nos próximos dias. Os efeitos sentidos por aqui seriam a alteração no funcionamento de satélites e auroras boreais.


Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/imagem-revela-possivel-tempestade-solar.html

Imagem do Dia: A Lua no quarto minguante e o templo de Poseidon



A foto acima mostra o que parece ser uma Lua em sua fase quarto minguante impossivelmente enorme posando ao lado do templo de Poseidon com seus 2500 anos de idade. A foto acima foi feita no dia 15 de Março,de 2012 por volta das 2 da manhã, hora local. Da mesma forma que a Terra, uma metade da Lua sempre está iluminada pelo Sol. Nas fases quarto crescente e quarto minguante, nós observamos uma metade da porção que é iluminada pelo Sol e uma metade que se encontra na sombra. O tamanho aparente enorme da Lua nessa imagem, se deve a um efeito conhecido como Ilusão Lunar, que acontece quando a Lua se encontra perto do horizonte. Contudo deve-se notar que a razão principal para que a Lua apareça tão grande na imagem acima é a lente com distância focal de 600 mm que foi usada para fazer tal imagem.


Fonte: http://epod.usra.edu/blog/2012/05/third-quarter-moon-and-temple-of-poseidon.html

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Poderoso tornado de gás superquente é filmado no sol



A fama de serem destrutivos – e de muitas vezes também mortíferos – precede os tornados que se formam sobre a Terra. Mas esses fenômenos naturais, responsáveis por várias mortes e diversos estragos em diferentes partes do mundo todos os anos, tornam-se insignificantes quando comparados com os tornados solares (gases superaquecidos que sobem em forma de espiral da superfície do sol).
Enquanto os terrestres chegam a 150 km/h, os solares alcançam uma velocidade de 300 mil km/h – são duas mil vezes mais velozes –, além de serem até 16 vezes maior que o planeta Terra. A descoberta foi realizada por pesquisadores da Universidade Aberystwyth, no Reino Unido, que registraram em vídeo o fenômeno, ocorrido em setembro de 2011, mas só revelado recentemente, no Encontro de Astronomia Reino Unido-Alemanha, em Manchester, na Inglaterra.
Assista ao vídeo para observar o evento na superfície do sol.

> Link para o vídeo: http://bcove.me/1zquqc05

O vídeo mostra as partículas de gás do tornado em três temperaturas diferentes, variando de 50 mil a 2 milhões de graus centígrados. Em comparação com a temperatura de tornados solares menores, a temperatura medida nesse tornado é considerada alta. Agora, os pesquisadores, liderados pelo físico Xing Li, querem entender o porquê disso.
Segundo Li, os tornados solares são causados por uma estrutura fixada nos dois ‘fins’ da superfície solar, que lembra muito uma mola. “Uma grande injeção de material levanta rapidamente uma das pernas da mola, que é forçada a seguir a forma helicoidal do campo magnético”, explica Li. “Quando se observa a mola de um de seus ‘fins’, percebe-se uma rotação coerente de material ao redor de um eixo central”.
O movimento desses tornados merece atenção pelo fato de poder ajudar a provocar rajadas fortes de partículas carregadas, que afetam o tempo climático no espaço e destroem satélites. Duas dessas erupções foram detectadas acima do tornado, assim que ele começou a tomar forma. Por essa razão, os cientistas acreditam que o fenômeno de tornados solares possa estar envolvido no processo de iniciar tais explosões.
Li e seu time de pesquisadores esperam observar mais desses tornados muito em breve, já que, ultimamente, o sol se encontra em um estado bastante ativo.