quarta-feira, 7 de setembro de 2011

E se existisse dois Sóis?





Segundo a música, um segundo Sol derrubaria, com assombro exemplar o que os astrônomos diriam se tratar de um outro cometa. 
Mas na vida real isso não seria bem assim, pelo contrario, alguns astrônomos diriam que planetas orbitados por duas estrelas são mais comuns no universo do que se imagina. Geralmente é a estrela menor que orbita a maior, girando junto com os planetas.
Por aqui isso só aconteceria se uma estrela perdida entrasse no sistema solar e se você estivesse por aqui, a primeira coisa a torcer é para que ele não chegue muito perto.
Não por causa da temperatura, mas pelo frio. É que uma estrela do tamanho do sol possui um campo gravitacional 2.800 vezes mais poderoso que o da Terra e se um astro assim passar a 300 milhões de quilômetros daqui, a gravidade dele acabaria acelerando o planeta e isso seria um problema: se a Terra correr rápido demais, ela acaba desgarrando do Sol. Poderíamos ser lançados para fora do sistema solar. 
O clima por aqui ficaria por volta de 200° negativos e seria uma noite eterna.
Mas se o Sol estacionar um pouco mais longe, ficaríamos em paz e apareceria 8 vezes menus brilhante que o primeiro. Seria algo bem incomum, enquanto um sol estiver se pondo o outro já teria nascido.
Como o balé das órbitas é complexo, em certas épocas do ano, veríamos oi dois Sóis nascendo e se pondo juntos , em um estilo Tatooine, planeta da serie de filmes Star Wars.
Existe também outra possibilidade, a de dois Sóis iguais no meio. O Céu nem mudaria tanto, mas aqui as coisa seriam tão diferente que ai sim, os astrônomos diriam se tratar de um outro cometa. Digo, planeta.


Sol das 22H
Nos dias de separação máxima, um Sol iria nascer bem mais cedo e o outro muito mais tarde. No horário de verão, boa parte do Brasil escureceria só às 22h. E o primeiro Sol raiaria às 5h30. Nos EUA e na Europa seriam quase 24 horas de claridade


Aqui tá quente, aqui tá frio
A dança dos Sóis geraria microestações. Nos eclipses, que durariam dois dias, receberiam o calor de apenas um Sol. Seriam 4 invernos desses por ano,com temperatura caindo pela metade. Quando os Sóis estivessem bem separados, a quantidade de luz seria 25% maior. Ai sim: seríamos surpreendidos novamente - por um calor de lascar.


Tudo Azul
Se o ambiente muda, a vida se transforma, ensina Darwin. Numa Terra com dois Sóis pegando pesado, não seria absurdo pensar em seres com a pele azul - já que essa cor reflete os raios mais energéticos , e nocivos, do Sol. Outra: a felicidade geral do planetacresceria: o Sol faz corpo produzir mais vitaminas D, que melhora o humor e a libido.


Anos incríveis
A Terra teria que ficar longe do Sóis para aguentar  a radiação extra. Isso faria um ano durar 613 dias. As estrelas girariam uma ao redor da outra também. Então a cada 115 dias um dos Sóis ficariam eclipsados. Seria algo tão marcante que contaríamos os meses com base nessas intervalos.


Inferno Verde
Dias mais longos igual a mais fotossíntese = a plantas com muito mais energia para crescer. E aparecer. O reino vegetal seria bem mais complexo, principalmente nas regiões tropicais. O quão complexos? Não da pra saber. Mas quando o assunto é evolução, quase nada é impossível. 


Mais Deuses
Todas as culturas em algum momento trataram o Sol como um Deus. Ele era Horus, no Egito; Amaterasu, no Japão; Sunna na Escandinávia; Surya, na Índia. Com dois Sóis o grau de divindade do astro aumentaria. Talvez a ponto de fazer com que algumas religiões  tivessem virado biteístas, em vez de adotar um deus único.


Fontes: Lisa Kaltenegger, astrônoma do MIT e do Instituto de Astronomia da Nasa, Mattew Holman, astrofísico de Harvard. Rubens Duarte, biólogo da USP.
  



Nenhum comentário:

Postar um comentário