O diretor da Nasa (agência espacial americana), Charles Bolden, apresentou nesta quarta-feira, 14, o novo sistema de lançamento espacial que permitirá a realização de voos tripulados além da órbita terrestre baixa, como os feitos até agora, e chegar em um futuro a Marte.
O sistema de lançamento espacial (SLS) foi projetado para levar o veículo de carga e tripulação Orion Multi-Purpose Crew Vehicle a novos destinos no espaço profundo, e servirá como apoio para as naves de transporte comercial que farão voos à Estação Espacial Internacional (ISS).
O aparelho terá uma capacidade inicial de 70 toneladas - que serão ampliadas a 130 - e utilizará hidrogênio e oxigênio líquidos como combustível.
Programa de foguetes foi orçado em US$ 35 bilhões e tem ambição de explorar o espaço profundo, levar astronautas a asteroides e, talvez um dia, a Marte. O projeto vem à tona após meses de disputas políticas e de debates internos na Casa Branca por conta do elevado orçamento do projeto.
O novo projeto de foguetes da Nasa "representará a pedra angular da exploração humana do espaço profundo pelos EUA e será capaz de dar continuidade à liderança norte-americana no espaço sideral", afirmou Charles Bolden, diretor-geral da Nasa, cercado por um grupo de congressistas no Capitólio.
O anúncio feito por Bolden dá início aos esforços da administração Barack Obama para impulsionar um novo programa de exploração do espaço em um momento de crescente preocupação com o déficit do governo federal.
A expectativa é de que o primeiro teste não tripulado do novo programa ocorra em 2017, com o primeiro voo tripulado previsto para 2021. Os novos foguetes terão mais de cem metros de altura e usarão inicialmente os motores de combustível sólido usados nos ônibus espaciais, aposentados há apenas alguns meses, mas depois passarão a usar combustível líquido.
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