Raio de 5 KW seria suficiente para eliminar 10 peças de lixo por dia.
Um dos maiores problemas resultantes da ambição humana na conquista do espaço é o lixo espacial resultante de satélites e equipamentos obsoletos. Há algum tempo, a NASA vem pesquisando maneiras de diminuir e, se possível, acabar de maneira definitiva com todos esses detritos que orbitam o planeta. Recentemente, alguns pesquisadores do Ames Research Center vieram com a ideia de utilizar lasers para resolver o problema.
E como isso funcionaria?
A ideia principal é utilizar um raio de 5 KW para diminuir a velocidade das peças o suficiente para que elas pudessem fazer a reentrada na atmosfera terrestre, ocasionando na queima do lixo galáctico. Uma maneira relativamente simples de utilizar toda a potência da Terra para diminuir um problema causado pelo próprio homem.
Quais os riscos do lixo espacial?
Atualmente estima-se que 200 mil peças consideradas inúteis orbitam a Terra, e esse número tende a crescer cada vez mais, já que novas missões espaciais e satélites são lançados diversas vezes ao ano.
Módulo PAM-D de um foguete classe Delta II, encontrado na Arábia Saudita. |
Existe tanto lixo espacial circulando em volta da Terra que qualquer colisão poderia causar uma espécie de efeito dominó capaz de destruir satélites vitais para o mundo, revelou um relatório do Pentágono, divulgado pelo jornal inglês DailyMail.
Uma colisão entre um satélite e um pedaço de lixo espacial poderia espalhar milhares de detritos, destruindo outros satélites.
Segundo o relatório, sinais de TV, previsões meteorológicas, GPS (navegação por posicionamento global) e ligações telefônicas são alguns dos serviços que podem ser comprometidos.
A reação em cadeia descontrolada poderia tornar algumas órbitas inúteis para satélites militares e comerciais, de acordo com o Estudo da Situação Espacial enviado ao congresso americano em março.
O relatório, que não foi divulgado publicamente, diz que o espaço “está cada vez mais congestionado”.
Desde o primeiro objeto, o Sputnik Um, lançado ao espaço há 53 anos, a humanidade criou um enxame de ”dezenas de milhões de detritos”, acrescenta o relatório. O lixo que gira em torno da Terra vem de velhos foguetes, satélites abandonados e estilhaços de mísseis.
Segundo o cientista espacial indiano Bharat Gopalaswamy, o lixo espacial está no limite.
- Nenhum satélite pode ser protegido contra esse tipo de força destrutiva.
O alerta acontece depois da primeira grande colisão, no ano passado, entre um satélite de comunicação americano e uma sonda russa desativada sobre a Sibéria.
A colisão, a uma velocidade 24.140 km/h gerou 1.500 peças de lixo espacial, fazendo com que a ISS (Estação Espacial Internacional) tivesse de manobrar para evitá-las. O teste de um míssil chinês, em 2007, deixou 150 mil pedaços de lixo na atmosfera.
Fonte: baixaki.com.br / caxiasdigital.com.br
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