Desde que Galileu criou um telescópio melhor que o de Hans Lippershey e fez algo impensável, apontou-o para os céus, a Astronomia nascera e passou de uma ciência estática para um dinamismo cada vez mais incrível. Muitas descobertas foram feitas e grandes astrônomos surgiram, entre os quais destaco Hubble e Lemaitre.
No final do ano passado, fomos surpreendidos com uma descoberta fantástica, de um planeta quase do tamanho da Terra e que poderia ser habitável. E essa “irmã” está nas vizinhanças, somente 20 anos-luz daqui, orbitando uma estrela anã, chamada de Gliese 581. Assim, os astrônomos batizaram o planeta de Gliese 581g. Calcularam a massa em mais de três vezes a da Terra e o período orbital de cerca de 37 dias. Pela massa, acreditam que seja um planeta rochoso e a gravidade deve ser um pouco maior que a nossa. O mais incrível é que eles usaram telescópios comuns e 11 anos de estudos.
Ninguém tinha ouvido qualquer astrônomo falar nessa possibilidade antes de 2000, quando os astrônomos descobriram que seria possível detectar planetas medindo as variações no brilho das estrelas que orbitam. Ao passar na frente de sua estrela, eles alteram momentaneamente parte de seu brilho. Uma espécie de eclipse. Desse fenômeno, podem medir a duração, a intensidade e outras características do planeta. Um satélite até foi criado usando essa técnica, o Kepler, lançado em 2009 com o objetivo de encontrar planetas em outros sistemas solares.
Quando os astrônomos iniciaram a busca por planetas orbitando estrelas, apenas planetas gigantes, como o nosso Júpiter, e que tinham órbitas muito próximas de suas estrelas puderam ser detectados. Isso se deve à atração gravitacional que exerciam sobre suas estrelas. Porém, gigantes gasosos têm pouca probabilidade de gerar vida.
Com a melhoria das técnicas, a expectativa voltou-se para os planetas localizados na “zona habitável”, localizada a uma distância da estrela em que pode ter água líquida e, portanto, reunir as condições favoráveis à vida, ao menos como a conhecemos. A NASA já confirmou a existência de 500 planetas, e outros 1.235 estão a espera de confirmação, sendo que é esperado que pelo menos 80% desses sejam mesmo planetas. Destes, 54, de variados tamanhos, estariam na "zona habitável". Sendo que cinco deles têm tamanho aproximado ao da Terra. Os cientistas ainda acreditam que mesmo os grandes, como Júpiter, poderiam ter luas do tamanho da Terra, com atmosfera e água.
Uma curiosidade animadora é que os estudos têm mostrado que aproximadamente uma em cada cinco estrelas tem sistemas planetários. Isso significa que deve existir muito mais astros do que antes se imaginava. O Kepler tem a missão de observar 156 mil estrelas do tipo da nosso sol por pelo menos 3 anos e meio, tempo estimado para descobrir planetas similares ao nosso e que tenham um período orbital de um ano. Aguardemos as novidades.
Fonte: O Nortão
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