12 visões do espaçoporto de onde partiram todas as espaçonaves tripuladas da NASA, incluindo os ônibus espaciais e os foguetes do programa Apollo
Rocket Garden
A história das viagens espaciais passa por muitos lugares na Terra, mas nenhum deles tem a importância do Kennedy Space Center (KSC), na Flórida. O KSC foi o ponto de partida de todas as missões espaciais tripuladas da NASA, incluindo as do programa Apollo, que levou astronautas à Lua, e todos os voos dos ônibus espaciais. O KSC tem algumas áreas abertas à visitação. Confira doze fotos feitas numa visita em janeiro deste ano. Ao lado, o Rocket Garden, onde estão alinhados vários foguetes. O maior deles, deitado à direita, é um Saturn IB similar ao que foI usado para levar astronautas à estação espacial SkyLab em 1973.
Saturn V
O Kennedy Space Center tem um grande pavilhão dedicado ao programa Apollo, que levou astronautas à Lua. Sua principal atração é o foguete Saturn V, usado nas viagens à Lua entre 1968 e 1972. O plano inicial é que haveria 20 missões Apollo, mas as três últimas foram canceladas. O foguete em exibição no KSC foi montado com módulos que foram fabricados mas não chegaram a ser lançados. O Saturn V é o maior e mais potente foguete já construído, com 110 metros de altura e 10 metros de diâmetro. Deitado, ele é mais longo que um campo de futebol oficial. Carregado, pesava 3 mil toneladas.
Força bruta
O Saturn V era movido a força bruta. Ele era dividido em três estágios. Cerca de dois minutos e meio após o lançamento, o combustível do primeiro estágio acabava e esse módulo era descartado. O segundo estágio passava, então, a impulsionar o foguete. O combustível no primeiro estágio era uma forma refinada de querosene, que regia com oxigênio líquido. Já os outros dois estágios queimavam hidrogênio e oxigênio líquidos. Dos cinco propulsores do primeiro estágio, vistos nesta foto, os quatro externos eram móveis, podendo ser direcionados para corrigir a trajetória do foguete.
Rumo à Lua
O terceiro estágio do Saturn V tinha seus motores acionados duas vezes. Na primeira, após o descarte do segundo estágio, ele acelerava a nave até a velocidade necessária para que entrasse em órbita baixa em torno da Terra. Mais tarde, o propulsor era ligado novamente para acelerar o foguete a mais de 40 mil quilômetros por hora e fazê-lo entrar numa órbita elíptica alongada em direção à Lua. A manobra tinha de ser sincronizada com o movimento da Lua em torno da Terra.
Torre de escape
As missões Apollo previam diversos procedimentos para resgate dos astronautas em caso de emergência. Um deles, projetado para uso durante a fase inicial da ascensão do foguete, empregava uma torre montada sobre a cápsula. Ela tinha propulsores capazes de arrancar do foguete a cápsula para que ela pudesse pousar usando os paraquedas. A torre, que nunca foi usada na prática, era descartada alguns minutos após o lançamento.
Módulo de comando
A cápsula onde viajavam os três astronautas nas missões Apollo era cônica, com uma escotilha no vértice por onde os astronautas podiam passar ao Módulo Lunar, usado nas alunissagens. Na base do cone ficava o escudo que protegia a cápsula do calor gerado pelo atrito com a atmosfera durante a volta à Terra. Seu interior era pressurizado para que os ocupantes pudessem respirar. Essa é a única parte do conjunto Saturn V/Apollo que retornava à Terra.
Sala de controle
Enquanto telões mostram como era o lançamento das missões Apollo aos visitantes do Kennedy Space Center, uma réplica da sala de controle pode ser vista abaixo deles. Cada posição era ocupada por um especialista, que monitorava algum aspecto do foguete e do sistema de controle no solo. Essa sala gerenciava o foguete apenas durante a decolagem. Depois, o controle passava para outro centro de comando, em Huston, no Texas.
Traje espacial
Há vários protótipos de trajes espaciais em exposição no Kennedy Space Center. Vários deles foram construídos em metal, mas materiais mais leves acabaram sendo empregados nas versões finais. Nas missões Apollo, essa armadura protegia os astronautas do perigoso ambiente lunar, mantinha a temperatura estável em torno deles e fornecia oxigênio para que pudessem respirar. A roupa era descartada na Lua antes da decolagem de volta à Terra.
A águia pousou
No jargão da NASA, o módulo lunar da Apollo 11 era chamado de águia. O apelido acabou se tornando público em 20 de julho de 1969, quando os astronautas Neil Armstrong e Edwin "Buzz" Aldrin Jr. caminharam sobre a Lua pela primeira vez. Este quadro no Kennedy Space Center mostra que a chegada à Lua foi a principal notícia nos jornais do mundo inteiro naquela semana.
Ônibus espacial
O Kennedy Space Center também tem uma área dedicada aos ônibus espaciais aberta aos visitantes. Nela, uma maquete animada mostra como era o processo de lançamento. Os ônibus espaciais transportaram astronautas, satélites e sondas interplanetárias durante 30 anos. No total, foram 135 voos entre 1981 e 2011. Tanto a nave em si como os dois foguetes auxiliares laterais eram reaproveitados depois de cada missão. Já o grande tanque de combustível alaranjado era descartado.
Rampa 39A
A plataforma de lançamento 39A é a mais famosa do Kennedy Space Center. Ela foi construída para o programa Apollo e, depois, reformada para a partida dos ônibus espaciais. Depois que essas naves foram aposentadas, no ano passado, a plataforma ficou ociosa. O mastro branco na parte superior sustenta um para-raios. Em volta da plataforma ficam tanques de combustível e de água, que era usada para supressão de ruído.
Rampa 39B
O complexo LC39, da NASA, de onde partiam os ônibus espaciais e os foguetes Apollo, possui uma segunda plataforma de lançamento, a 39B. Ela já teve configuração parecida com a da 39A e foi usada para lançamento do ônibus espacial até 2006. Depois disso, foi reformada para uso com outros tipos de foguete. Na reforma, a NASA removeu a torre de lançamento e acrescentou as três torres para-raios vistas nesta foto.
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