quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ratos testarão regeneração óssea no espaço

Ratos serão enviados ao espaço para testar vacina contra perda óssea

Um grupo de 30 ratos entrará para a história nesta sexta-feira, 8 de julho, ao decolar para o último voo do programa de ônibus espaciais da NASA.

Enquanto a maior parte do mundo e da comunidade astronômica estará atenta à nave Atlantis, que encerra um programa iniciado há 30 anos, um consórcio internacional de pesquisadores estará mais interessado nos pequenos roedores a bordo.

Os ratos serão usados para testar uma nova terapia para regeneração de ossos no espaço, uma injeção que inibiria a perda óssea e teria aplicações tanto em futuras viagens espaciais como também em Terra, ajudando casos de osteoporose ou fragilidade nos ossos.

Há tempos sabe-se que os astronautas perdem muita estrutura óssea em suas viagens. A perda de massa é tão grande que chega a ser 10 vezes maior entre astronautas do que em mulheres pós-menopausa – o grupo que mais apresenta osteoporose. Isso ocorre porque, na Terra, os ossos são constantemente puxados e empurrados pelos músculos, que funcionam contra a força da gravidade. Essas forças mecânicas são essenciais para a preservação da massa óssea. No espaço, no entanto, elas são muito mais fracas pela ausência de gravidade (ou ambientes com apenas micro gravidade).

Por isso, caso os Estados Unidos queiram concretizar seus planos de uma missão tripulada a Marte, será preciso impedir essa perda. Pensando nisso, o Centro de Pesquisa Ames, da Nasa, investiu no projeto do consórcio formado pelo Centro Médico Beth Israel Deaconess (BIDMC), a Amgen, Inc., a Universidade da Califórnia, a BioServe Space Technologies e a Universidade da Carolina do Norte.

Os cientistas irão examinar se o uso de um anticorpo pode levar ao ganho de massa óssea. Esse anticorpo bloqueia a ação de uma proteína chamada sclerosin, cuja molécula funciona como forte inibidor de formação óssea.

Metade dos 30 ratos receberá uma injeção antes do embarque, contendo o anticorpo. A outra metade recebera uma dose de placebo. Após 12 dias no espaço, os cientistas irão analisar os resultados. Os animais permanecerão dentro do Módulo Comercial Biomédico (CBTM-3).



Fonte: gamevicio.com.br

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